Até quando aceitaremos o discurso da seca como fatalidade? Com dramaturgia e direção de Henrique Fontes, a peça traça o caminho historiográfico da seca no Ceará. Desde as promessas feitas por Dom Pedro, passando pelo genocídio nos campos de concentração e no Caldeirão até o tempo presente quando descobrimos que a água não é um direito constitucional. Na linha do teatro documental e de forma bem-humorada, trata de fatos apagados da história do Brasil em torno da indústria da seca. Os relatos e documentos denunciam aquilo que nos impede de ter acesso à água potável e de qualidade. Até quando? Quando deixaremos nossas águas transbordarem?